Pequenos pedaços de sons preenchiam os espaços vazios e pensamentos distraídos. As notas vinham distantes, de bumbos, cuícas, tambores e chocalhos - veludo para os ouvidos. A inusitada música caminhava, chegando de várias direções. Desciam crianças tocadoras de todas as ruazinhas estreitas direto para a praça central. A fabulosa banda de carnaval era a gêneses do novo. O mais velho integrante, o mestre de bateria, tinha uns quinze anos, talvez menos. Reciclavam marchinhas de Adoniran, Ari Barroso, Chiquinha Gonzaga...
O coreto celeste milagrosamente abria caminho "Ó ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR..." as pessoas eram tocadas pela música e sorrisos orquestrados no ar feito estrelas iluminando o crepúsculo, as crianças vinham como anjos trazendo na harmonia a felicidade da cidade pintalgada de corações acesos.
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