Se os jacarés pudessem andar na rua, Ian não os levaria sem problemas? Talvez nunca tivesse feito o convite, pois sabia que aceitariam sem titubear. Idealiza a confusão... se até aquela velha gorda remelenta, que diziam ter chorado quando bebê na barriga da mãe, ao levar aquele coelho gigante na coleira assusta uma penca de vizinhos. Imagina o Ian saindo com um jacaré agarrado em cada mão. A cidade para. As pessoas não estão acostumadas a tal espetáculo. O homem não era mau, pelo contrário, parecia da filosofia paz e amor, adepto do amor livre, andava meio hippie, cheio de panos coloridos, largado, rasgado na manga do paletó. Devia amar a todos na mesma intensidade, de tão sentimental. Aprendi a gostar dele assim, absolvido por seu espírito excêntrico.
ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...
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2 comentários:
uuuuuuuuuu
teoria do amor tridimensional???
transnuda, ousada, desmedida. Lá vai a Mme Furta-cor sem lenço e nem documento, nos anos do século XXI.
Mainha
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