ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

quinta-feira, 4 de março de 2010

queria que as palavras virassem coisas
o lugar espacialmente habitado transcende qualquer geometria

vejo tudo gigantesco
pequena
não aguento as proporções do meu quarto

as coisas me engolem
são fortalezas intransponíveis
maiores que a torre
que há em mim
O CORPO

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