ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Aquele dia,



abraçados pelo silêncio revelador;

tentei destilar as intenções de Luz.

Ela simulava indiferença – coisa de menina.

Endurecendo a expressão para evitar um ato de êxtase,

buscou uma feição plana de manequim.


O sentimento gélido ignorava a gravidade,

podíamos estar levitando como borboletas sonâmbulas.

O coração crepitava,

ouvíamos a corneta dos anjos

Seguravam minhas mãos no escuro quando criança


Num lapso, uma vertigem

Desfigurava-se

a imagem da mulher a minha frente,

porque ali tínhamos deixado de ser inocentes.

Desejo Vontade Necessidade.

Queria gozar daquela turgidez alucinógena...

Um estupor de coma.

3 comentários:

floratomo disse...

hasta siempre!!!

cruz&verthein&souza???

Anônimo disse...

manon lascault!

floratomo disse...

vontade borboleta!
mui adejante!!!