ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

OLHo do CÃo


ÁGUA NEGRA °° 1/2 3 elemento

A cabeça a mil, fazia uma coisa de cada vez de maneira tão minuciosa, mais parecia estar ouvindo música erudita e coreografando um balé. Imerso na esquisitice, sentiu seu leal expectador: Camilo. Parecia estar tomando conta, alerta, não arredou a pata dali um minuto. Na primeira impressão o trabalhador sentiu-se um pouco desconfortável, porque remetia à mesma sensação de estar sendo observado que experimentara com sua tia quando criança. E ele não gostava de violão nem de nada que coloca saudade na gente, mas num lapso de segundo, aquilo lhe proporcionou um prazer genuinamente insonhável de palpitações.  

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