ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


com mademoiselle Surucucu a noite era tre tremenda. No jantar pedia para a senhorita torta de amora com hortelã, suflê de de framboesa e strogonoff de chocolate. A sobremesa, algo doce como uva passa. Ela não queria engordar, se se vingaria se algo acontecesse. Dizia todas as vezes do mesmo jeito... compenetrada... à mesa, puxava um chanel n°5 e charmosíssima, tragava-o lenta e cheia de um calor que só as mulheres podem podem ter
O longo cigarro perdia seus cinco centímetros de vantagem... cena espectral... num deslumbramento daquele corpo moldado sem pressa, por mãos descansadas e escorpiônicas
Bebericavam Sorriam Sassaricavam, nem sempre nessa mesma ordem porque quando estavam juntos as coisas pareciam fazer sentido e mesmo que não conhececem de mística desde criança, seus olhos pareciam não lhes pertencer mais

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