ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

nunca subestime os ditos populares

sai de casa
estava andando pela rua...
foi quando passei por três pintores pintando em imperfeita sintonia - pintavam um singelo muro - o da direita pintava para direita, o da esquerda pintava retas para esquerda, e o do meio pintava em círculos calculados.
Com toda aquela bizarrice, meus passos foram ficando cada vez mais lentos e pude ouvir a conversa:
ano que vem tô na boa! vou ser coveiro - disse o da direita com ar de despreocupação

...

disconjurooo!! - disse o da esquerda perturbadíssimo
vai cuidá de gente morta? - completou o do meio de olhos esbugalhados
NÃOO! vou vender couve na feira

Um comentário:

floratomo disse...

viu?? essas paredes têm ouvidoooo