ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

água salgada ou clorada pesa mais

meu computador tem falhado ultimamente, as placas que deveriam arquivar os arquivos estão desarquivadas, mas existe a rede, enredada sigo simplesmente pelo fato factual.
são só palavras perdidas no vão da memória viajando sozinha.
um dia volta
quem sabe?
num campeonato de bombas d'água, mergulhos desafiando a gravidade liquefeita
já não sabia e me encontro
perfuro a pedra densamente existencial, já não me lembro... é como ir à caixa de correio e querer saber como vim parar aqui? de onde eu vim? aonde?
não existe mais casa, lugar
a imagem do espelho é outro;
outro, e conversaremos com afeto até quando?
imobilidade de pedaços espalhados, espelhados, visão que todos vêem e não sabem que vêem, ou não dizem ou não sabem dizer, sentem errado. será?
só lembro que esqueço e esquecer é preciso para não se perder em espaço vazio.
coisas importantes, importantíssimas pulverizam-se no ar.
só resta uma coisa
cogitar se a água do mar é mais pesada que a água da piscina.

Nenhum comentário: