quem sou enxerga o duplo das coisas estáticas. a sombra do ser que não é.
Caleidoscópio de coisas macabras e multicoloridas, transgressão do além de um além.
Aquém desse mundo parado, perpetuo-me em lugar que de corpo permaneço e de alma estremeço; do avesso e vice-versa.
Viagens infinitas pela janela do mundo. imagens disformes, reescritas, atadas...
Deliberada, enfim, deixo caminhos do passado, demolidos logo atrás de passos embriagadamente firmes.
Sem saber ao certo quanto é? o que vale? um aprendizado, subjugado, alado, salvaguardado.
Vida de inseto; vivo no teto, grudada, com pernas minúsculas, de cabeça para baixo ou para cima, não sei.
Só sei que questionam: à que conclusões, invenções, ilusões, intenções; no caldeirão maldito de todos os “ões”
grilhões de distorções forjando conscientizações.
Morando dentro de mim há um vão inconsumível, fantasiosa lacuna de rachadura espumosa, queda de bolhas: a norma do ser e o direito do dever; estas transportadas pelo plasma como qualquer hormônio (des)regulador.
Só me resta o “querer” soterrado em terra improdutiva, desvairada astúcia do homem, que pensa que é, mas é apenas a sombra do que não é...
Um comentário:
Transbordando de poesia está sempre rindo indo e vindo no equilibrismo do vôo da vida
Mil beijos Mamy
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