ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...

sábado, 5 de julho de 2008

Salamandra gigante colorida

Não há nada a dizer! Só observar...
Tenho chorado muito, vendo filmes, cenas na rua e até comerciais de manteiga.
O mundo só existe, ainda, pelo amor.
Por que não estamos junto dele e com ele?
Por que a salamandra gigante e colorida está nos observando?
ViVER NUM AMOR TRIDIMENSIONAL! livre de espaço-tempo, livre de geografia .
E se vivessemos várias vidas ao mesmo tempo? numa delas somos crianças, na outra, somos velhinhos e numa outra, mais obscura, somos o desconhecido.
Um estado, não de morte ( não gosto de chamar assim), mas de espera, ou melhor, de perpetuidade.
Acredita em pura coincidência?
Eu acredito nos astros e nas explosões que eles sofrem transformando-se em ZONA MORTA.
Lá onde tudo acontece, cada lapso de tempo, cada realidade de paralela transversalidade, pluridimensões coexistindo aleatóriamente, livres de interferência entre as variáveis.
Outro dia, acordava num lugar diferente do normal de onde sempre estive, poderia chamá-lo de... AONDE. Caminhava sozinha e um pouco confusa, foi quando encontrei, na brancura da paisagem, uma árvore muito esquisita. poderia ser um pé de tomate é! dava tomate, mas era gigante, gigantesca. Ao sentir seu tronco tive a sincera impressão de estar sentindo uma pessoa de dorso escorregadio. Peguei um tomate verdinho, mas pelo tamanho, só poderia estar maduro. Analisando a fruta contra a luz percebi que dentro dela tinha uma chave. Não pude morder, guardei o tomate verde no bolso, apesar de estar me sentindo pelada. Rodeando a árvore, percebi que dela pendiam latas de alumínio coloridas, pensei em beber o líquido, que pelo peso deveria ser denso, mas não pude, guardei uma lata no bolso e fui...

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