na varanda uma garrafa de água e um cigarro forte de cravo, as pernas dobradas em joelhos nas orelhas, quentes de ouvir mal... mau agouro mal emporedrado poroso verde-azulado, mais mau que o bom.
ninguém sabia, mas também o que poderiam saber? que dou saltos maiores que as pernas?
pernas...
que pernas? é o caralho! não aguento mais isso não
achar que poderia autorizar todas as coisas que acontecem, como se acontecessem por mim e não por elas, elas que se fodam eu sou a melhor, sou a controladora dos vegetais que chegam escondidos mais chegam, sempre chegam, coloridos, demais
a varanda é linda pratiada escorregadia, milhões de anos se passam e são iguais, quase iguais todas as varandas. e eu? pra que vou querer uma varanda? lugar que não merece todos os passos. para
madeira demarcada na boca do estômago. perâ ae! vou fumar um cigarro e ver se ainda tenho estômago nesse tempo que para ter estômago tem que pagar, engraçado? fuma ai.
ENXERGAVA TUDO PRETO, PONTILHADO COMO SE TIVESSE CAIDO EM UM APARELHO FORA DO AR, CHAPISCADO CALEIDOSCÓPIO NEGRO DE VERÃO. SENTADA NO BARCO CONTINUEI IMÓVEL DE CORPO, POR QUE A MENTE TINHA A VORAZ ÂNSIA DE ESCREVER QUALQUER COISA, QUALQUER LINHA ABSURDA, DESNUDA, AGUDA , FELPUDA, CASACUDA, LÍRICA, TESUDA, CARNUDA, DUVIDOSA, ASQUEROSA, SEI LÁ...
domingo, 20 de setembro de 2009
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Um comentário:
é como numa varanda, estar vendo as pessoas passando tão ansiosas quanto nós por uma boa nova... onde sempre os amores são rebentos balbuciando sentados numa cadeira que balança... como alguns pingentes de metais... e trazem e levam as nuvens chorosas no seu encalço...
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